É repugnante analisar a política sob o ângulo do extremismo. A paranóia xiita é um tema que demanda outra coluna. Vamos nos ater, por ora, a uma de suas piores consequências: a censura.
De forma alguma a intenção da coluna é advogar em prol de toda imprensa, ratificando sua plena e total boa postura. Claro que cada jornal, rádio, revista ou TV tem a sua linha editorial. O mote é bem mais simples e prático: deixem a imprensa trabalhar!
Folha de S.Paulo, TV Globo e outros órgãos de comunicação tem sido alvos de críticas, muitas vezes infundadas. Os fanáticos, que por bem não são a totalidade, só ficam felizes quando o noticiário traz pautas benéficas ao atual presidente. Quando a mídia assim não o faz, ditadores virtuais cravam: Rede Globo precisa fechar a porta, Folha de S.Paulo comunista, e muitas outras frases que mostram uma faceta nojenta que tenta se perpetuar.
Diz-se tenta pois nunca conseguirão calar a imprensa. A TV fundada por Roberto Marinho e a Folha são veículos consagrados e que, para a raiva de alguns, permanecerão cada vez mais fortes. A extrema direita, que não se cansa de criticar a Venezuela - com razão, repete Maduro e tenta controlar a mídia, ridicularizando-a perante o público nas redes sociais. Extrema direita e extrema esquerda sempre tentaram amordaçar o livre pensar da imprensa.
Se uma emissora de TV ou um jornal erram ou agem de má-fé ao publicar uma notícia, que paguem na instância correta, que é a Justiça. Mas que não se tente amordaçar a imprensa.
Jornalismo quem faz é jornalista! Quem se contenta em buscar ou produzir informações somente baseado nas páginas dos amigos que pensam igual, está mal informado ou alienado. Daí se entende o porquê da perseguição à imprensa. Democracia forte só se faz com uma mídia livre.
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