Um grupo de funcionários públicos efetivos das Secretarias de Educação e Assistência Social da Prefeitura de Taboão da Serra realizou um protesto na Câmara Municipal na noite desta quinta-feira, 18. A manifestação ocorreu simultaneamente ao evento no Legislativo em celebração ao aniversário da cidade.
O movimento luta contra o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos de Taboão da Serra de 11% para 14% aprovado pela Câmara Municipal no dia 11 de fevereiro. A iniciativa ocorre após a Reforma da Previdência aprovada em 2019.
Ao chegar no estacionamento da Câmara, o vice-prefeito José Vicente Buscarini foi até o grupo, ouviu a reivindicação e prometeu receber uma comissão nos próximos dias, em local a combinar. “Nós falamos na campanha sobre abrir o diálogo com o funcionalismo público. Essa questão dos 11% para 14% é polêmica sim, num primeiro momento o funcionário sofre com mais 3% sobre o seu salário e nós temos que encontrar, de uma forma legal, pelo menos pra compensar isso. A Prefeitura também precisa estar dentro da lei”.
Ao Jornal SP Repórter, uma das líderes do movimento, Sandra Fortes, falou sobre a situação. “O salário do funcionalismo está congelado há mais de 20 anos. E esse ano, após as eleições, quando o funcionalismo coloca sua pauta de necessidade de reposição salarial, vale-transporte, eles aprovam na calada da pandemia o aumento da contribuição previdenciária para 14%. Esse reajuste está errado, os salários aqui estão muito baixos. Pela lei do Governo Federal, 14% é para quem ganha mais de R$3.200. Os salários dos quadros de apoio estão abaixo do mínimo. É um absurdo. Viemos até aqui para os vereadores verem que estamos muito insatisfeitos e que vamos exigir que esse projeto seja retirado”.
Um pouco mais tarde, o prefeito Aprígio chegou ao evento de aniversário da cidade na Câmara e, por alguns minutos, dialogou com manifestantes. “Vocês não pensem que eu fico feliz com uma situação dessas, de tanto tempo sem reajuste salarial. Eu vou tentar corrigir, mas peço um pouco de paciência para vocês, pra ver se esse ano aí, já que o governo federal diz que não pode (dar reajuste), a gente não pode fazer o que está fora da lei. Formem um comissão, vamos sentar uma ou duas vezes por semana e vamos ver com o Jurídico quais são os caminhos. Eu sei que ganhar menos que um salário mínimo é um absurdo”, disse Aprígio ao grupo.
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