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Artigo da Dra. Sueli Amoedo: Mães e o calvário da violência doméstica

A coordenadora dos Direitos da Mulher aborda a questão da violência doméstica que aflige muitas mães

11/05/2019 às 15h45
Por: Por Elizeu Teixeira Filho, do Jornal SP Repórter Fonte: Sueli Amoedo, advogada e coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão da Serra
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Dra. Sueli Amoedo é advogada e coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão da Serra
Dra. Sueli Amoedo é advogada e coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão da Serra

Maio é o mês das mães. Uma data altamente simbólica e recheada de amor, em que os filhos demonstram seus sentimentos e reconhecimento à aquelas que lhes geraram.

Presentes e flores são compradas. Almoços especiais e em lugares agradáveis. Um dia para ser lindo e feliz.

Porém algumas mães e filhos são privados de viverem esse clima, são reféns de uma violência silenciosa e fechada a quatro paredes.

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A violência doméstica e familiar é uma dura realidade brasileira. Mães são mortas na presença de seus filhos, são humilhadas, desprezadas, vivendo o terror de conviverem com um homem agressor.

Onde todo e qualquer motivo caracterizam uma agressão.

O Brasil é o quinto país do mundo em número de morte de mulheres.  No Estado de São Paulo, segundo recente pesquisa, os casos envolvendo mortes de mulheres subiu 76%.

Onde deveria ser nosso local seguro é o lugar mais perigoso para a mulher:  seu lar. Os filhos infelizmente participam de tudo, ouvem tudo e sofrem junto a suas mães.

Atendi uma família fugida do ABC Paulista.

Um menino de 8 anos, determinado dia, cansado de ver sua mãe sofrendo e apanhando todos os dias, levantou-se bem cedo, pegou uma mochila e colocou dentro dela uma lata de leite, uma fralda de pano, um paninho de boca (sua irmãzinha tinha 4 meses) pegou na mão da mãe e disse: " vamos fugir", e pegaram carona. 

Quis o destino que parassem na Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Taboão, onde foram acolhidos e posteriormente embarcados para o norte, onde tinham família.

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Conversando com o pequeno garoto, perguntei o que você quer ser quando crescer, ele me respondeu: " qualquer coisa que não me lembre o meu pai".

Casos iguais a desta família do ABC Paulista, existem milhares espalhados pelo Brasil, precisando de quem as acolha e as fortaleça a tomarem decisões de romperem o ciclo da violência.

Parabéns as mamães e coragem para serem felizes longe de maus tratos.

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